Segundo Take

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Retrospectiva James Bond [1969-1971]

Na retrospectiva de hoje, o período da tentativa de transição do Sean Connery para outro actor.

007 - Ao Serviço de Sua Majestade (On Her Majesty's Secret Service), 1969, dir. Peter Hunt

Ao sexto filme James Bond mudou de cara naquele que é um dos filmes mais curiosos da série. Porque foi o único interpretado pelo canastrão George Lazenby. Porque tem uma Bond Girl com personalidade e espessura dramática à altura do desafio. Porque Bond se apaixona e casa. Porque é a única realização de Peter Hunt. Porque foi rodado em parte em Portugal. Porque, alguns pormenores à parte, é surpreendentemente bom.

Imediatamente se nota uma mão mais confiante e competente na encenação das cenas de acção. Lazenby não convence no papel mas tudo o resto à volta vai compensando este facto. Incluíndo uma óptima música original de Louis Armstrong que é peça central da trama.

Não é original, mas também não é consensual: 007 - Ao Serviço de Sua Majestade é um dos melhores James Bond.

8/10 martinis


007 - Os Diamantes São Eternos (Diamonds Are Forever), 1971, dir. Guy Hamilton

Aproveitando que este é o James Bond que tem duas personagens chamadas de Bambi e Tambor vou parafrasear um conselho da mãe deste: "Quando não temos nada de simpático para dizer mais vale estar calado." 

007 - Os Diamantes São Eternos é o filme onde Sean Connery voltou ao papel de James Bond após o ego de George Lazenby se ter recusado a repeti-lo. Mas a chama e a vontade já não estavam lá. Esta entrada na série é uma das piores com uma narrativa desinteressante, cenas de acção inconsequentes e humor forçado sem graça.

Nota para a dupla de vilões Mr. Kid e Mr. Wint, comic reliefs que parecem saídos de um filme diferente e que trazem uma pincelada eclética a um filme de outra forma esquecível.

4/10 martinis