Segundo Take

View Original

Retrospectiva James Bond [1981-1985]

Chegado aos anos 80, e com John Glen no leme, o James Bond de Roger Moore envelhece como um bom vinho.

007 - Missão Ultra-Secreta (For Your Eyes Only), 1981, dir. John Glen

Finalmente um James Bond à altura do legado do Roger Moore! Uma intriga de vingança, um tema com alguma recorrência na série, com menos piadas fáceis que o habitual, uma Bond Girl marcante, um vilão verosímil e um aliado carismático tornam 007 - Missão Ultra-Secreta um dos melhores Bonds e marcam uma estreia auspiciosa do que vem a ser o realizador mais consistente da saga: John Glen.

Entre as melhores cenas contam-se a perseguição de automóveis com o 2 cavalos, a tentativa de assassinato do herói e da sua companheira por arrasto subaquático e o final, uma sequência refrescante pela abordagem minimalista e a primeira vez, em muito tempo, que nos envolve no desfecho.

8/10 martinis


007 - Operação Tentáculo (Octopussy), 1983, dir. John Glen

Aquele que devia ter sido a despedida em beleza do Roger Moore do papel do espião com licença para matar. Cenas de acção competentes, uma mulher forte no centro da trama, localização exótica com uma pitada de xenofobia (sinais dos tempos) no humor e uma história algo confusa onde o todo se revela mais que a soma das partes.

007 - Operação Tentáculo continua com a fasquia elevada, se bem que não satisfatório como o anterior, é uma das razões pelas quais nos lembramos do Roger Moore com afecto neste papel, apesar do humor desapropriado, e dos exageros ocasionais - sim 007 - Aventura no Espaço, estou a olhar para ti.

7/10 martinis


007 - Alvo em Movimento (A View To A Kill), 1985, dir. John Glen

007 - Alvo em Movimento é o meu segundo guilty pleasure desta série. Vamos ser honestos: não é muito bom. Mas há muitos elementos, alguns deles nostálgicos, que não me permitem não gostar deste filme. Este foi o primeiro James Bond do qual me lembro. Não sei se o vi no cinema ou posteriormente mas, conjuntamente com o êxito dos Duran Duran, cimentou este filme como uma espécie de génese de toda a mitologia.

É certo que James Bond não vai para novo - nem a Moneypenny, nem o Q, por sinal. Mas vamos às coisas positivas: Christopher Walken como Zorin, o vilão! Grace Jones como May Day, a sua capanga! Zeppelins! Base jump da Torre Eiffel! Perseguição com um carro cortado ao meio! Luta mano-a-mano na Golden Gate Bridge!

Enfim, preciso de dizer mais alguma coisa?

7/10 martinis