Retrospectiva M:I - Missão Impossível: Operação Fantasma
Depois de J.J. Abrams mais uma estreia. Brad Bird, conceituado realizador de animação estreia-se na realização de actores de carne-e-osso.
Missão Impossível: Operação Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol), 2011, dir. Brad Bird
Com Missão Impossível: Protocolo Fantasma volta a haver uma estreia: Brad Bird, realizador de animações até à data - O Gigante de Ferro, The Incredibles - Os Super Heróis e Ratatui - estreia-se na realização de live action nesta entrada da série agora também produzida por J.J. Abrams, desde o seu envolvimento com o capítulo anterior. Quem também transita é Michael Giacchino na música, colaborador habitual de Abrams. A opção em se deixarem cair os numerais e passar a atribuir-se um subtítulo demonstra uma aposta na continuidade desta franchise que, ao contrário do que acontece normalmente, tem vista a sua popularidade aumentar com recepções críticas genericamente positivas.
Protocolo Fantasma tem atrás das câmaras alguém que conhece muito bem a dinâmica da animação - The Incredibles - Os Super Heróis é mesmo o meu filme da Pixar favorito que cresce a cada visualização adicional - e isso é posto ao serviço das espectaculares sequências de acção, especialmente na secção central do filme no Dubai. Simon Pegg oferece mais momentos de humor e é uma boa adição à equipa após a breve aparição no anterior, Paula Patton e Jeremy Renner contribuem com personagens redondas e cativantes e Tom Cruise está no topo da sua forma e carisma. Outro ponto positivo são as "missões impossíveis" típicas da série que estão de volta em dois momentos eficazes, no Kremlin e no maior edifício do mundo, o Burj Khalifa no Dubai.
Apesar disto tenho de apontar uns pontos negativos que prejudicam o resultado final: o argumento é possivelmente o mais fraco da série até agora com vilões descartáveis, uma história genérica e inconsequente que apenas oferece o esqueleto para justificar as cenas de acção e cenas de exposição desajeitadas que garantem ninguém ficar sem perceber o que se vai passar na sequência seguinte. Além disso este é o capítulo que mais estica a boa vontade do espectador no que respeita à tecnologia usada que, a par com o globetrotting por países exóticos, aproxima ligeiramente Protocolo Fantasma de um James Bond da era Roger Moore.
O resultado final é um filme com cenas individuais emocionantes que satisfazem no momento mas que, como um todo, fica aquém de outras entradas na série.
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