No mês em que estreia o sétimo capítulo da saga Star Wars vou deixar aqui uma retrospectiva sobre a minha relação de 32 anos com esta saga. Começo hoje com O Regresso de Jedi, o primeiro que vi, e o único da trilogia original que vi originalmente no cinema, com 7 anos. Este é um texto editado e revisto do original escrito a 28/07/2015 para o episódio 114 do podcast Fãs Danados.
O Regresso de Jedi (Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi), 1983, dir. Richard Marquand
O Regresso de Jedi foi para o Star Wars o que o Indiana Jones e o Templo Perdido foi para o Indiana Jones. Mal amados na mitologia das suas respectivas sagas mas, em ambos os casos, os meus filmes de entrada nestes universos que me definiram os gostos cinéfilos em tenra idade. É por isso que nunca conseguirei deixar de gostar de ambos com um travo nostálgico incontornável. Mesmo percebendo que, exceptuando o 1º acto, O Regresso deJedi é um remake do Star Wars original. Mesmo abandonando Han Solo a Falcão Milenar durante quase todo o filme. Mesmo havendo Ewoks.
O que sobra, perguntarão vocês? Bom, deixem-me tentar começar a defesa deste capítulo: Jabba, The Hutt, Han Solo em carbonite, Leia escrava, Luke Jedi da cabeça aos pés num fato preto estiloso, os Bothans que morreram para trazer os planos, finalmente o Imperador, a morte de Yoda, a batalha de Luke com Darth Vader, as motas voadoras, as motas voadoras e as motas voadoras.
E os Ewoks nunca me incomodaram verdadeiramente, tenho de confessar. Na inocência do impacto inicial, a sua vitória sobre o Império fazia todo o sentido.
Pode não ser o melhor nem o mais sofisticado dos episódios mas é sem dúvida um excelente divertimento e foi sem dúvida nenhuma uma óptima porta de entrada para o que se revelou ser um fenómeno duradouro ainda com mais capítulos pela frente, bem como o início do vício de ler as "novelizações" da Europa-América dos meus filmes favoritos.