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MOTELX anuncia a programação completa para 2022

MOTELX anuncia a programação completa para 2022

“Bodies Bodies Bodies” (A24) a abrir o MOTELX 2022 e "O Corpo Aberto", com Victoria Guerra e José Fidalgo, em estreia mundial.

De 6 a 12 de Setembro, no Cinema São Jorge e noutros espaços nobres da capital, o Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa vai celebrar o cinema de género nas suas múltiplas vertentes e, como sempre, cruzá-lo com várias expressões artísticas. Este ano, ilustres convidados como o mestre do terror italiano Dario Argento ou a dupla de realizadores americana Aaron Moorhead e Justin Benson vão misturar-se entre o público nestes sete dias tão aguardados.

Dario Argento

Cabe a “Bodies Bodies Bodies” (EUA, 2022) abrir a edição deste ano do MOTELX, no dia 6. Realizado por Halina Reijn, a segunda longa-metragem desta também actriz holandesa é um slasher da geração Z sobre um grupo de jovens ricos que planeia uma festa que corre muito mal.

Na secção Serviço de Quarto, além dos já revelados “Dark Glasses”, apresentado pelo próprio realizador, o mítico maestro Dario Argento, no MOTELX (dia 8), ou “Final Cut”, de Michel Hazanavicius, junta-se “Something in the Dirt”, um filme dirigido, escrito e protagonizado pelos norte-americanos Aaron Moorhead e Justin Benson, que vão circular pelo Festival. Uma oportunidade única para conhecer esta respeitada equipa do cinema independente, que arrisca no mercado mainstream (o filme “Synchronic” e a nova série da Marvel, “Moon Knight”).

Justin Benson e Aaron Moorhead

A não perder também, em estreia nacional, “Polaris” (Canadá, 2022), de Kirsten Carthew, um filme pós-apocalíptico inspirado no ecofeminismo e na urgência de uma mudança cultural e sustentável significativa, caracterizado pela realizadora como o “Mad Max” do Ártico, e “Candy Land” (EUA, 2022), de John Swab, uma road tripinfernal sobre sexo, religião e violência. Neste naipe encontram-se ainda os obrigatórios “Satan's Slaves 2: Communion” (Indonésia, 2022), de Joko Anwar, “Ashkal" (França, Tunísia, Catar, 2022), de Youssef Chebbi, “Saloum” (Senegal, 2021), de Jean Luc Herbulot, e “Parsley” (República Dominicana, 2022), de José María Cabral.

Com uma grande aposta em mulheres realizadoras, este ano, na seleção Méliès d’argent - Melhor Longa Europeia destacam-se a estreia mundial da produção ibérica "O Corpo Aberto" (Espanha, Portugal, 2022), de Ángeles Huerta, um folk horror com os actores portugueses Victoria Guerra e José Fidalgo, “Nightsiren” (Eslováquia, Chéquia, 2022), de Tereza Nvotová, e “A Banquet” (Reino Unido, 2021), de Ruth Paxton, a sua primeira longa-metragem. A completar a lista de cinema europeu em competição, onde estão os já anunciados “Os Demónios do Meu Avô” (Portugal, 2022), de Nuno Beato, “Criança Lobo” (Portugal, 2022) - em estreia mundial -, de Frederico Serra, e “Wolfkin” (Luxemburgo, 2022), de Jacques Molitor, distingue-se também o terror psicológico do altamente perturbador “Speak No Evil” (Dinamarca, Holanda, 2022).

O Corpo Aberto (Ángeles Huerta, 2022)

Outros momentos incontornáveis da 16.ª edição do MOTELX são as exibições de “Hotel da Noiva” (Portugal, 2007), de Bernardo Cabral - um filme lendário rodado nos Açores -, numa Sessão Especial de culto, “Inferno Rosso: Joe D’Amato on the Road of Excess” (Itália, 2021), de Manlio Gomarasca e Massimiliano Zanin - um documentário sobre o versátil realizador italiano Joe D’Amato -, na secção Doc Terror, e “The Seed” (Reino Unido, 2021), de Sam Walker, com “Deadstream” (EUA, 2022), de Joseph e Vanessa Winter, no regresso da Sessão Dupla à programação do Festival.

A 10 de Setembro, o MOTELX propõe um final de tarde especial com o projecto FILMar, entre a Cinemateca Portuguesa e o Cinema São Jorge, onde se enfrentam os medos do mar através de cinco filmes (duas longas e três curtas) e um debate, com o apoio do programa EEAGrants 2020-2024 e a colaboração da Embaixada da Noruega em Portugal. Dias antes, a 7 de Setembro, no Teatro São Luiz, em parceria com a Casa Bernardo Sassetti, é projectado o primeiro filme de terror português, “Os Crimes de Diogo Alves” (1911), de João Tavares (1883-1971), acompanhado por uma partitura original assinada por Bernardo Sassetti (1970-2012) e interpretada por um combo da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação do professor Desidério Lázaro. Depois do cine-concerto, uma conversa acerca do processo de composição para filmes mudos, com um painel moderado por Inês Laginha e formado, além de Lázaro, pelo guitarrista Tó Trips e o pianista Filipe Raposo.

No Cinema São Jorge, a nova associação de mulheres que trabalham no cinema e audiovisual, MUTIM, vai provocar um debate a partir do primeiro filme realizado por uma mulher em Portugal, “Três Dias Sem Deus” (1946), de Bárbara Virgínia (1923-2015), com a participação de Luísa Sequeira, autora do road movie documental sobre a cineasta que se destacou em plena ditadura.

Ainda no Festival, assinala-se o regresso do MOTELquiz (dia 8), uma noite épica de trivia para testar os conhecimentos sobre cinema de terror e cultura pop, com prémios e surpresas à mistura (a entrada é livre, mas requer pré-inscrição para o e-mail inscricoes@motelx.org).

O Fauno das Montanhas (Manuel Luís Vieira, 1926)

Para que seja assegurado o melhor arranque possível para este acontecimento, o MOTELX oferece três propostas imperdíveis e de entrada gratuita no Warm-Up, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de 1 a 3 de Setembro: “A Sinfonia das Trevas - 100 anos de Nosferatu”, uma experiência sonora e visual imersiva, pela companhia teatral Primeiros Sintomas, que celebra o centenário da obra de F.W. Murnau (dia 1, no Convento São Pedro de Alcântara), o mockumentary neozelandês “What We Do in the Shadows” (2014), de Jemaine Clement e Taika Waititi, na sessão de cinema ao ar livre (dia 2, Largo Trindade Coelho), e “O Fauno das Montanhas” (Portugal, 1926), de Manuel Luís Vieira (1885-1952), num cine-concerto FILMar, com música interpretada ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa (dia 3, no Jardim do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta).

Top Gun: Maverick

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Predador: Primeira Presa

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